quarta-feira, 6 de abril de 2011

Maceió - Alagoas - Brasil


Praia de Ponta Verde

Maceió é a capital do estado brasileiro de Alagoas. Localizada no Nordeste do país. Tem uma população de 936.608 habitantes (2010) e um território de, aproximadamente, 503 km². Integra, com outros dez municípios, a Região Metropolitana de Maceió, totalizando cerca de 1.160.393 milhão de habitantes. O município situa-se entre o oceano Atlântico e a lagoa Mundaú, que tem grande importância econômica para os povoados de pescadores que vivem em sua margem. É sede da Universidade Federal de Alagoas.
No início da colonização, no século XVII, navios portugueses atracavam onde hoje é o porto e bairro do Jaraguá, local em que eram carregadas as madeiras das florestas litorâneas. Este Porto também serviu, mais tarde, para o embarque do açúcar produzido pelos engenhos localizados nas proximidades da cidade.
Antes de sua fundação, onde hoje é o bairro da Pajuçara, morava Manoel Antônio Duro que recebeu em 1609 uma sesmaria de Diogo Soares, alcaide-mor de Santa Maria Madalena.
Mais tarde em 1673 as terras foram mudadas de dono, o rei de Portugal determinou ao Visconde de Barbacena a construção de um forte no bairro do Jaraguá.
Em este pequeno povoado havia uma pequenina capela, erguida em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres.
A vila de Maceió foi desmembrada em 5 de dezembro de 1815, da Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, ou simplesmente Vila de Alagoas, atual cidade de Marechal Deodoro. Em 9 de dezembro de 1839 deu-se a elevação à condição de cidade, principalmente por causa do desenvolvimento advindo da operação do porto de Jaraguá, um porto natural que facilitava o atracamento de embarcações, por onde eram exportados açúcar, tabaco, coco e especiarias. Em 16 de dezembro de 1839, é inaugurado o município de Maceió, tendo seu primeiro intendente Augustinho da Silva Neves.

Museu Theo Brandão

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
(Jorge de Lima)

Lá vem o acendedor de lampiões de rua!
Este mesmo que vem, infatigavelmente,
Parodiar o Sol e associar-se à lua
Quando a sobra da noite enegrece o poente.

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite, aos poucos, se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
Ele, que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade
Como este acendedor de lampiões de rua!

Foz do Rio São Francisco
ACALANTO
(Luiz Alberto Machado)

Eu canto acalanto
Enquanto a criança de sono impelido
Não cresce de repente
A noite é cheia de surpresas
Nas suas expectativas sinistras
No seu momento cilada
Alcanço a lua
E a noite é íntima
Na minha solidão

Piscina Natural de Pajuçara

 EM CONTRASTE
(Ivone dos Santos)

como brisa, ventania
manhã clara, deboche
dasatino, dor da agonia
poder fazer poesia
febre, perdição
salvação
amor
solidão
a força da doçura
que alimenta
o limiar da loucura
lágrima do coração
esperança, nada espanta
noite de São João
parto dos filhos do mundo
autor, personagem, leitor
nos olhos, todos os pecados
no corpo, a pureza da flor