segunda-feira, 26 de abril de 2010

Basilique du Sacré-Cœur

Foto de Ceiça
"Tuas palavras" - 
(Jean Richepin -  1849-1926 / Trad. de Alvaro Reis)
 
Tuas palavras têm melodias divinas, 
acordes de cristal, pianíssimo, vibrando!
De olhos cerrados fico, imerso em gozo, quando, 
dizendo-me um segredo, o alvo pescoço inclinas...
 
Então não me inebria o olor das balsaminas 
de tua boca - é, mais o tom límpido e brando,
que dás a uma palavra, a um simples "sim", falando... 
Tuas palavras têm meiguices peregrinas!
 
Eis, pois, o que me faz dormentes os sentidos; 
ouço-te, sem saber o que estás a dizer-me, 
qual numa língua estranha e suave aos meus ouvidos!...
 
E em pleno arrebatar dos êxtases radiosos
sinto invisível mão percorrer-me a epiderme...
-   Tuas palavras, flor! têm dedos cariciosos...  

 Foto de Ceiça
A Basílica do Sagrado Coração (em francês Basilique du Sacré-Cœur) é um templo da Igreja Católica Romanaem Paris, sendo também o símbolo do bairro de Montmartre. A basílica está localizada no topo da montanha de Montmartre, o ponto mais alto da cidade. A Basílica de Sacré-Coeur foi construída a partir de mármore travertino extraído da região de Seine-et-Marne, o que garante a tonalidade branca da basílica; apesar da poluição.
Um dos monumentos mais visitados da França, a basílica tem o formato de cruz grega adfornada por quatro cúpulas, incluindo a cúpula central de 80 metros de altura. Na ábside, uma torre enorme serve como campanário com um sino de 3 metros de diâmetro e mais de 26 toneladas.
A arquitetura da basílica é inspirada na arquitetura romana e bizantina e influênciou outros edifícios religiosos do século XX.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Almeida - Portugal

Foto de Luciano Leal

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda

  Foto de Luciano Leal
Almeida

Vista do ar, a vila de Almeida, classificada como Aldeia histórica, parece uma estrela de 12 pontas, tantas quantos os baluartes e revelins que rodeiam um espaço com um perímetro de 2500 metros. Esta notável praça-forte foi edificada nos sécs. XVII-XVIII, em redor de um castelo medieval, num local importantíssimo como ponto de defesa estratégico da região - um planalto a cerca de 12 kms da linha fronteira com Espanha, definida pelo Tratado de Alcanices em 1297, data em que Almeida passou a ser portuguesa.
Existem várias versões para origem do nome Almeida. Mas o que todos concordam é que o nome é de origem árabe. Uns referem que vem do árabe Al Mêda e que significa a mesa, pelo facto da povoação se encontrar situada num vasto planalto, no planalto das mesas.
Almeida é um dos melhores exemplares de fortificação abaluartada existente em Portugal.
Almeida foi palco de lutas ao longo dos séculos, destacando-se as Guerras da Restauração (séc. XVII), em que os espanhóis foram definitivamente afastados do trono de Portugal, e as invasões francesas no séc. XIX em que esteve cercada durante um longo período pelas tropas napoleónicas, tendo o seu castelo e parte da muralha sido gravemente danificados pela explosão de uma enorme quantidade de pólvora armazenada nos paióis, o que provocou a sua rendição.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Para todos nós

Foto de Luciano Leal

"A idade de ser feliz"
(Geraldo Eustáquio de Souza)

Existe somente uma idade para a gente ser feliz
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos

Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer

Fase mágica,
em que a gente pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e sorrir e cantar e brincar e dançar
e vestir-se com todas as cores
e entregar-se a todos os amores
experimentando todos os seus sabores
sem preconceito nem pudor

Tempo de entusiasmo e de coragem
em que todo desafio é mais um convite á luta
que a gente enfrenta com toda a disposição
de tentar algo novo,
de novo e de novo, e quantas vezes for preciso

Essa idade, tão fugaz na vida da gente,
chama-se presente,
e tem apenas a duração do instante que passa ...
... doce pássaro do aqui e agora
que quando se dá por ele já partiu para nunca mais!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Museu de Kafka

O Museu Kafka é uma mostra onde se pode admirar as primeiras edições das obras de Kafka, os diários, as cartas e os manuscritos que originariamente eram guardados em Barcelona, Espanha. Em 1999, a coleção do Museu de Praga foi transferida para onde Kafka nasceu e há muito tempo fica exposta no Museu de Kafka, numa exposição de período longo mas não permanente. O Museu de Kafka é dividido em duas seções principais: a primeira chamada "espaço existencial" que procura explicar a enorme influência que Praga teve sobre Kafka e na sua forma de escrever. A segunda é intitulada "topografia imaginária" e utiliza animações 3D e áudio-visuais para ilustrar como Kafka teria imaginado viver em uma Praga diferente daquela do seu tempo. Uma visita ao Museu Kafka é obrigatória para conhecer e reconhecer a assim chamada “Cidade de K”.

Foto de Luciano Leal

Me Deixas Louca
(Composição: Armando Manzanero / Versão: Paulo Coelho)

Quando caminho pela rua lado a lado com você
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso
Que me dá tanta alegria
Me deixas louca

Me deixas louca quando vejo mais um dia
Pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto escutar
As coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca

Quando me pedes por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mãos
Pro meu corpo que te espera
Me deixas louca

E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras
Outros sons enchem o espaço
Você me abraça, a noite passa
E me deixas louca