terça-feira, 16 de maio de 2023

 

Adoro divulgar boa arte!


Não digas nada, dá-me só a mão. Palavra de honra que não é preciso dizer nada, a mão chega. Parece-te estranho que a mão chegue, não é, mas chega. Se calhar sou uma pessoa carente. Se calhar nem sequer sou carente, sou só parvo.
António Lobo Antunes
Escultura "O abraço - o retorno", de Bruno Bruni, Hamburgo 1980


quinta-feira, 11 de maio de 2023

 

Só há felicidade onde houver amor e tudo começa com o amor próprio. Quando houver dentro de você um desejo de viver forte o suficiente, a felicidade brotará como raios de sol em uma manhã sem nuvens. Acredite você pode ser feliz.

Jairo Carioca



          
                                               Mulher com gato no colo, Damião Martins

Damião Martins - pintor autodidata, natural de Sapucaia, Estado do Rio. 
Damião Martins incentivado por sua avó materna, por quem tinha grande amizade, fez um curso técnico de desenho buscando um aprendizado voltado para as artes plásticas. Criou seu primeiro quadro cubista em 1978 para uma exposição na cidade de Paraíba do Sul, Estado do Rio. Hoje vive há mais de 20 anos em Maricá, região dos lagos. Sobre as variações temáticas dos seus trabalhos podemos dizer que a caligrafia se mantém, a paisagem é que muda. Damião Martins mais parece um mineiro lá do interior, jeito manso, falar macio, sorriso triste, humildade cheia de grandeza. Todo o seu ser se transforma quando conversa com as telas na linguagem viva as cores. Vocação talento, predestinação, o fato é que Damião já desenhava e pintava a vida enquanto os outros meninos ainda estavam na infância. Nestes dias que passam a preto e branco, esse artista emergente abre diariamente sua janela para o sol, desde a alvorada até as cores do crepúsculo. Se nuvens mais densas pintam no horizonte ele imagina logo a paleta curvilínea de um arco íris e surge a vida pintada a sete cores na faina das lavadeiras, dos garimpeiros, das floristas, das colheitas no campo, dos arrastões junto ao mar. Nos momentos de introspecção, esse monge da arte dá ao trabalho um feitio de oração e surpreende a poesia no rosto de uma criança, na ternura da maternidade, na serenidade mística de um santo. Francisco de Assis, de preferência. Seu estilo é pessoal, personalístico. Claro que tem um pouco dos mestres, onde buscou amparo por admiração. Assim, seu leque de temas e cores tem a vibração dos impressionistas, tecnicamente aprisionados por um desenho bem cuidado que dá suporte a um cubismo multifacetado, suavizado pelos vários matizes em degrade. Por isso suas telas encontram eco instantâneo nos espectadores. Coisa de amor à primeira vista.
:: Fonte:  blog do autor.

  Mulher e violão, Damião Martins