memórias que guardei feito vidro de perfume vazio, daqueles cuja a fragrância nos transporta a um lugar de conforto;
Há em mim
restos de caminhos que não trilhei, porque a falta de coragem me congelou, feito aquelas pontes que balançam sobre penhascos e parecem querer nos roubar a Alma;
Há em mim
ventos que sacodem meus cabelos, que me fazem lembrar que já foram tempestades, daquelas que nos fazem perder o rumo, perder o prumo;
Há em mim
uma liberdade que conquistei, daquelas que nos mostram porque viemos, para onde vamos e porque somos;
Há em mim
uma certeza de amor que plantei, daqueles que a vida ensina, que cada um é o que é, grão de areia, pingo de chuva, pétala de flor.
Parte do universo."
Inês Seibert
Muito belo o teu texto poético. Todos temos as nossas memórias que sempre nos vão acompanhar e nos servem de conforto nos momentos de solidão. Sinto que existe em ti uma vontade indómita de reviver momentos que ainda te fazem fechar os olhos e deixar escapar um prolongado suspiro...e muitas certezas que te acendem o sorriso!
ResponderExcluirUm beijo.